
A partida entre Botafogo-PB e Flamengo, pela Copa do Brasil, está prestes a estabelecer um novo marco histórico para o futebol nordestino. Marcado para quinta-feira (1º), no Estádio Castelão, em São Luís (MA), o duelo promete quebrar o recorde de maior renda da história da região — e disparar como a maior bilheteria do futebol brasileiro em 2025.
Com 32 mil ingressos já vendidos antecipadamente, a expectativa atual aponta para uma arrecadação próxima de R$ 8 milhões. Se a carga total de 40 mil ingressos for comercializada até o dia da partida, a renda ultrapassará a impressionante marca de R$ 10 milhões.
O feito é ainda mais expressivo considerando que o valor será mais que o dobro da maior bilheteria registrada no Brasil até agora na temporada.
No entanto, o sucesso do evento também expõe um fenômeno recorrente no cenário nordestino: a resistência anti-Flamengo em algumas capitais. Mesmo com João Pessoa, sede do Botafogo-PB, sendo majoritariamente rubro-negra, houve forte pressão de parte da torcida local contra a cessão de metade do Estádio Almeidão para os torcedores do Flamengo, o que levou o Botafogo-PB a vender o mando de campo para o Maranhão.
O resultado é que um estado com ampla base flamenguista, como a Paraíba, ficará sem o jogo. E em São Luís, onde a identificação com times locais é menos forte, a presença maciça da Nação Rubro-Negra deve transformar o Castelão em um verdadeiro caldeirão vermelho e preto.
O Botafogo-PB entregou o mando de campo e, na prática, renunciou ao apoio da torcida local em troca da bilheteria histórica. No Maranhão, onde a torcida para clubes da Paraíba é praticamente inexistente, o ambiente deve ser amplamente favorável ao Flamengo.
Dentro de campo, o Rubro-Negro busca confirmar o favoritismo no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, enquanto fora dele já consolida mais um exemplo da sua gigantesca força nacional.