
O processo que envolve Bruno Henrique, atacante do Flamengo, está em compasso de espera no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O jogador foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de apostas, acusado de estelionato e fraude em competição esportiva, mas até agora nenhuma medida será tomada pelo tribunal.
O motivo é a ausência de provas no processo desportivo. O STJD já solicitou oficialmente o compartilhamento das informações à Polícia Federal e ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). No entanto, até que haja uma autorização da Justiça para liberar o conteúdo da investigação, não há como avançar.
Segundo apuração, o MPDFT já foi informado do pedido e deve atender à solicitação, mas isso ainda depende de aval judicial, uma vez que o caso segue em sigilo. Diferentemente da Operação Penalidade Máxima, que revelou a manipulação de resultados no futebol brasileiro em 2023, desta vez o processo está mais travado. Naquela ocasião, o Ministério Público compartilhou as provas rapidamente após apresentar denúncia formal contra os envolvidos.
Neste caso específico, as apurações contra Bruno Henrique ainda estão em fase preliminar. Ele é suspeito de ter forçado um cartão amarelo para favorecer pessoas próximas em apostas esportivas. Por isso, a liberação de dados está condicionada à análise da Justiça, que considera o sigilo das investigações.
Sem acesso ao material completo, o STJD não pode iniciar nenhum julgamento nem contar prazo de prescrição. Até que as provas sejam oficialmente repassadas, o caso seguirá paralisado.