
Logo em sua primeira coletiva oficial como técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti deixou claro que o Flamengo será um dos clubes mais observados por ele no novo ciclo. O italiano não escondeu o entusiasmo com o atual momento do futebol nacional e destacou o protagonismo de equipes como Flamengo, Palmeiras e Botafogo no cenário sul-americano.
— “Palmeiras, Flamengo, Botafogo, que estão muito bem… A gente poderia ter jogado contra o Botafogo no Mundial, mas eles perderam para o Pachuca”, comentou Ancelotti.
Segundo o treinador, mesmo antes de assumir o comando da Seleção, já acompanhava o Brasileirão com atenção, mesmo que à distância. Agora, em solo brasileiro, ele promete ainda mais proximidade com os atletas e os clubes do país.
Flamengo domina primeira convocação
Na sua primeira lista oficial, Ancelotti mostrou que não se trata apenas de discurso: cinco jogadores do Flamengo foram chamados. O Rubro-Negro lidera o número de convocados ao lado de gigantes do futebol europeu. Apenas Palmeiras e Corinthians tiveram um representante cada.
O técnico reconheceu que o tempo em solo brasileiro será importante para conhecer de perto o ambiente dos clubes.
— “Agora terei mais tempo aqui no Brasil para conhecer as equipes, as estruturas, os treinadores. E também quero aproveitar o Rio (risos). Nunca fui ao Corcovado! Não posso dizer que trabalharei 360 dias no ano, alguns dias terei para aproveitar o país”, afirmou o técnico da Seleção.
Promessa de valorização do futebol nacional
Enquanto na Europa o foco recaía sobre os atletas dos grandes centros, Ancelotti admitiu que sua visão está se ampliando com a chegada ao Brasil. Ele garantiu que vai prestigiar o Brasileirão em suas futuras listas de convocação.
— “Todo mundo pode ver todas as partidas, mas quando estamos em um clube na Europa, vemos mais os jogadores que estão lá. Agora, estando aqui, é diferente. São equipes que acompanhamos e que têm pessoas que trabalham aqui”, explicou.
Brasil e Itália na rota da reconstrução
Além de comentar sobre o futebol brasileiro, Ancelotti também abordou o momento da Itália. Fora das últimas duas Copas do Mundo, a Azzurra vive um processo de renovação semelhante ao que ele pretende conduzir na Seleção Brasileira.
— “A Itália e o Brasil voltarão, no próximo ano, a ser competitivos, como sempre foram. A Itália melhorou muito. O Brasil sempre esteve no nível mais alto. O Brasil, quando teve time mais forte, a Itália, quando ganhou. O Brasil pode ter tido time mais forte, mas nem sempre foi capaz de conectar talento com sacrifício”, avaliou.