
Vivendo um dos momentos mais delicados da carreira, Bruno Henrique segue sem balançar as redes pelo Flamengo. Titular no empate por 1 a 1 com o Central Córdoba, pela Libertadores, o atacante ampliou seu jejum para nove jogos consecutivos sem marcar.
Seca já vinha antes da denúncia
O último gol do camisa 27 aconteceu no dia 6 de abril, diante do Vitória, pelo Campeonato Brasileiro. Desde então, ele disputou duas partidas antes da polêmica vir à tona: contra o próprio Central Córdoba, em 9 de abril, e diante do Grêmio, em 13 de abril.
A investigação da Polícia Federal (PF) veio à tona no dia 15 de abril. No dia seguinte, Bruno Henrique entrou no segundo tempo da goleada sobre o Juventude e foi ovacionado pela torcida no Maracanã. Desde então, acumulou mais seis partidas — sendo titular em quatro delas —, mas sem conseguir balançar as redes.
STJD abre inquérito para apurar denúncias
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) recebeu as provas reunidas pela Polícia Federal, incluindo mensagens trocadas entre Bruno Henrique e seu irmão Wander, que sugerem combinação para forçar um cartão amarelo. O auditor Maxwell Borges de Moura Vieira foi nomeado para conduzir o inquérito e terá até 15 dias, prorrogáveis por mais 15, para concluir a apuração.
Se condenado no artigo 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o atacante poderá ser suspenso de 180 a 360 dias. Entretanto, sem pedido de suspensão preventiva até o momento, a tendência é que Bruno Henrique siga jogando normalmente, inclusive no Super Mundial de Clubes, em junho.
Entenda a denúncia
Bruno Henrique é suspeito de forçar um cartão amarelo na derrota do Flamengo para o Santos, em novembro de 2023, no Mané Garrincha, em Brasília. Na ocasião, ele cometeu falta em Soteldo aos 50 minutos do segundo tempo, recebeu o cartão e, logo depois, foi expulso após reclamação com o árbitro Rafael Klein. O Fla já perdia por 2 a 1, e Gerson também havia sido expulso na partida.
A investigação aponta que três familiares do atacante — Wander Nunes Pinto Júnior (irmão), Ludymilla Araújo Lima (cunhada) e Poliana Ester Nunes Cardoso (prima) — também foram indiciados. A operação mira ainda outras sete pessoas.
A Polícia Federal obteve quase 4 mil mensagens no WhatsApp do irmão do jogador. Porém, parte do acervo foi apagada, o que dificultou a análise completa dos dados.
Procurados, nem Bruno Henrique nem a PF quiseram se manifestar sobre o caso.