
Durante a edição desta terça-feira (6) do programa Redação sportv, o jornalista Rodrigo Capelo chamou atenção para a situação financeira da CBF, fazendo até uma comparação com o Flamengo. O debate foi motivado pela informação de que a entidade fechou 2024 com R$ 2,4 bilhões em caixa, um crescimento expressivo em relação ao ano anterior.
A discussão teve início quando Capelo explicou o aumento expressivo nos cofres da CBF, que busca atualmente um novo técnico para a Seleção Brasileira:
“Ao fim de 2023, a CBF tinha R$ 1 bilhão em caixa, o que já era muita coisa. Ao fim de 2024, a CBF tinha R$ 2,4 bilhões em caixa, um aumento de R$ 1,4 bilhão. Profissionalizar arbitragem, quanto custa? Tanto faz, né, porque dinheiro a CBF tem”, declarou o jornalista.
Flamengo citado como parâmetro
Conhecido por sua sólida saúde financeira, o Flamengo foi usado como comparação durante o programa. Capelo revelou que o caixa do Rubro-Negro, ao final de 2024, estava muito distante dos números da CBF:
“Só para fazer uma comparação, para ter um parâmetro. O Flamengo, que é um dos clubes que mais tem dinheiro em caixa, porque esse não é um hábito dos clubes, terminou 2024 com R$ 92 milhões em caixa”, analisou.
O jornalista ainda destacou o abismo financeiro entre o clube carioca e a entidade:
“R$ 92 milhões, o que significa que a poupança da CBF equivale a 26 Flamengos. O Flamengo tem que pagar salário de jogador, a própria atividade do futebol — com viagem, hospedagem, uma série de custos. A CBF não tem que pagar nada disso”, pontuou.
Para onde vai o dinheiro da CBF?
Rodrigo Capelo explicou que, embora a CBF também tenha despesas, seus custos são significativamente menores do que os dos clubes:
“A CBF tem que pagar os próprios salários e os cartolas, né? Fazer os repasses para os presidentes das federações. Além de, obviamente, sustentar a Seleção masculina, a feminina, e as de base. Tem uma série de custos ali, mas muito baixos”, disse.
Ainda segundo o analista, a principal razão para o aumento expressivo no caixa foi a renovação do contrato de fornecimento de material esportivo:
“A CBF vinha acumulando caixa há muitos anos. Mas há uma explicação adicional nesse caso, que é a renovação com a Nike. A Nike fechou, em novembro do ano passado, uma extensão do seu contrato, que vai agora até 2038”, concluiu Capelo.