
O interesse do Flamengo em João Félix movimentou o noticiário esportivo no Brasil. Com apenas 25 anos, o meia-atacante português, que já passou por clubes de peso como Benfica, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona e Milan, desperta expectativa — mas também cautela entre os analistas.
Durante participação na Cazé TV, o jornalista Gabriel Simões elogiou a qualidade técnica de João Félix, afirmando que o jogador seria muito superior aos atuais pontas ou segundos atacantes do elenco rubro-negro. No entanto, ele alertou para a irregularidade do português.
“O João Félix é um abismo de jogador para todos os pontas ou segundo atacantes que o Flamengo tem. Isso é fato. Em termos de qualidade técnica, não tem nem conversa. No Brasil, vai ser difícil achar um jogador com essa qualidade sendo segundo atacante. Mas passou o tempo de que no futebol brasileiro só basta ser um jogador acima que vai destruir aqui. Isso não acontece mais”, disse Gabriel.
O jornalista ainda comparou a situação de Félix com a de Memphis Depay no futebol brasileiro.
“O Depay fez muito mais no futebol que o João Félix, vocês acham que o Memphis está destruindo no futebol brasileiro? Não está. Destruir no futebol brasileiro é o que o Hulk fez em 2021”, afirmou.
Gabriel Simões ponderou que João Félix sempre atuou em grandes centros, o que, na sua visão, aumentou a dificuldade de se destacar:
“Os clubes que o João Félix passou, é difícil se destacar como atacante. Você tem que jogar para c**. Chelsea, Atlético de Madrid, só a nata do futebol. Acho que ele não está na nata do futebol. O João Félix não é um dos melhores atacantes do mundo. Isso ficou claro nos times que ele passou e não conseguiu jogar.”*
PVC também faz alerta sobre João Félix no Flamengo
No programa De Primeira, do UOL, o jornalista Paulo Vinícius Coelho (PVC) também analisou a possível chegada de João Félix ao Flamengo. Ele destacou a relação entre José Boto, atual diretor de futebol do clube, e o jogador, mas chamou atenção para o fato de que o português ainda não conseguiu “explodir” no futebol europeu.
“O Boto era diretor do Benfica e acompanhou o processo de desenvolvimento do João Félix. Ou seja, é como se o Betinho, que revelou Neymar, tivesse se transformado no maior executivo do futebol brasileiro e telefonasse para o Neymar (…)”, afirmou PVC.
Apesar da expectativa, o comentarista ponderou que a adaptação de Félix ao futebol brasileiro pode não ser tão simples:
“Ah, no Brasil, se chegar aqui com uma perna, joga. Não é sempre assim. Muitas vezes é, mas nem sempre é. É importante olhar o cenário que ele vai chegar, se de fato chegar ao Brasil no segundo semestre. Ele não virou o que se imaginava”, analisou.
PVC ainda ressaltou a importância de o Flamengo brigar por nomes de peso no mercado internacional, mesmo reconhecendo que a trajetória recente de Félix não é brilhante:
“O Brasil entra no mercado internacional. Quando você contrata um jogador que foi contratado a peso de ouro pelo Atlético de Madrid, depois pelo Chelsea, trazido pelo Barcelona, Milan deseja, e o Flamengo entra nessa rota, o Flamengo entra na grande rota. Mas a rota de João Félix ainda não é de sucesso.”
Flamengo segue atento ao mercado
A diretoria rubro-negra vê em João Félix uma oportunidade de reforçar o ataque visando grandes objetivos, como o Super Mundial de Clubes e a sequência da temporada. No entanto, a operação é considerada complexa, especialmente pelos altos salários e pela concorrência internacional.