O comentarista Mauro Cezar Pereira revelou, em análise recente, uma tendência importante no elenco do Flamengo sob o comando de Filipe Luís. Para manter o modelo de jogo “pressionante”, o treinador deverá escalar cada vez menos Pedro e Arrascaeta juntos como titulares.
Segundo Mauro, a ideia de pressionar o adversário no campo de ataque, algo defendido publicamente por Filipe, exige atletas com maior entrega física e participação sem a bola. E esse não é o perfil da dupla ofensiva rubro-negra.
A probabilidade de Pedro e Arrascaeta jogarem juntos diminuiu muito
O jornalista foi direto ao explicar o impacto do modelo tático na utilização da dupla:
“A probabilidade de Pedro e Arrascaeta jogarem juntos frequentemente, ela diminuiu muito nesse retorno do Pedro encontrando um Flamengo diferente com o Filipe Luís. Não significa que os dois jamais voltem a jogar juntos — muito pelo contrário — mas, diante da maratona de jogos e por essa característica que os dois têm, é muito provável que o Filipe Luís os reveze.”
Bruno Henrique é exemplo do que Filipe quer em campo
Na vitória sobre o Bahia, Bruno Henrique recebeu elogios de Filipe Luís mesmo sem dar assistências ou finalizar com perigo. O motivo? A dedicação ao pressionar a saída de bola do adversário. Esse tipo de entrega, segundo Mauro, pesa cada vez mais nas decisões do treinador.
“Ele cumpriu a missão determinada pelo técnico, que era pressionar. Jogar sem bola”, destacou Mauro, que considerou os elogios até exagerados, mas compreensíveis dentro da nova proposta.
Chegadas e saídas devem refletir o novo estilo
Mauro também antecipou que o Flamengo prepara mudanças no elenco para adequar-se ao perfil desejado por Filipe Luís. Jogadores com intensidade e capacidade de cumprir tarefas táticas sem a bola devem ser prioridade na próxima janela.
Segundo ele, além da saída de Carlos Alcaraz, outros nomes podem ser negociados. A ideia é abrir espaço para reforços com o perfil exigido pelo treinador. Um deles seria Jorginho, meia com características mais versáteis e intensidade elevada, que está próximo de um acerto com o clube.
Arrascaeta mais avançado: nova função aproxima o uruguaio do gol
Além do revezamento com Pedro, Arrascaeta tem atuado em uma nova função no ataque. Internamente, o Flamengo já se refere ao uruguaio como um “9 e meio”, mais próximo da área, finalizando jogadas.
Essa adaptação tem rendido frutos. O meia marcou gols importantes nas últimas partidas e passou a participar mais diretamente das conclusões. A mudança, no entanto, não resolve o dilema físico defensivo — ponto central da análise de Mauro.
