
A vitória do Flamengo sobre o Palmeiras, no Allianz Parque, não foi só sobre tática e técnica. Segundo o técnico Filipe Luís, o triunfo por 2 a 0 nasceu da força coletiva, da entrega dos reservas e da leitura certeira de jogo. Após a partida, o comandante rubro-negro exaltou a atuação dos atletas que saíram do banco e mudaram o rumo da partida — especialmente Pedro, Wallace Yan e Ayrton Lucas.
Pedro ficou no banco por plano tático
Filipe explicou por que decidiu iniciar o jogo sem o camisa 9. Segundo ele, a escolha foi estratégica, baseada na necessidade de mais velocidade na frente:
— Pedro é pelo plano de jogo. Eu acredito que o time precisava de um jogador como o Bruno, de velocidade. Eu acreditava que o Pedro poderia nos ajudar mais entrando no segundo tempo.
Apesar da ausência entre os titulares, o técnico fez questão de elogiar o centroavante pela entrega ao entrar em campo nos minutos finais.
— Não existe ninguém mais importante do que a equipe. E eles entendem isso. Ele entrou e ajudou a equipe. Quando o campo fala, não tem como segurar um jogador.
Cebolinha preocupa: queda física compromete rendimento
Durante a coletiva, o técnico também comentou a situação de Everton Cebolinha, que teve atuação apagada no jogo. Filipe revelou que o atacante se queixou de desgaste físico.
— Cebolinha não se sentiu bem fisicamente no jogo, estava reclamando da parte física dele. Quando está bem, ele é muito especial. É preciso que ele retome a forma física. Ele teve uma sequência pesada.
Reserva também é protagonista, afirma técnico
Filipe não escondeu sua filosofia: para ele, quem entra do banco tem o poder de mudar o jogo — e muitas vezes, mais do que quem começa jogando.
— Costumo dizer pra eles que o pessoal que não começa é potencializador da equipe. Pra mim, tem tanta ou mais importância o jogador que entra por cinco minutos do que o que joga 85.
O técnico citou a final da Copa do Brasil como exemplo de como os reservas são decisivos no Flamengo.
— Vimos isso na final da Copa do Brasil no ano passado. Plata e Bruno Henrique entraram no segundo tempo e resolveram o jogo.
Além disso, Filipe exaltou a entrada de Pedro contra o Palmeiras, destacando o impacto imediato do atacante:
— Uma troca hoje foi o Pedro, que entrou oito ou dez minutos, segurando e sustentando bola, dando o alívio que a gente tanto precisava pra equipe. Melhorou o time a partir do momento que ele entrou em campo.
Meio-campo ainda é o coração do time
O treinador fez questão de citar o meio-campo como setor essencial da engrenagem rubro-negra. Mesmo desfalcado, o time conseguiu se adaptar taticamente no segundo tempo com ajustes importantes.
— Eles encaixaram a pressão no tiro de meta, então muitas vezes a saída não é curta. Com a bola rolando, eles fizeram uma pressão individual no Arrascaeta. Muitas vezes nossos zagueiros e volantes estavam com tempo para poder jogar, mas depois, progredir as jogadas com esses encaixes, é muito complicado.
Trocas no segundo tempo melhoraram a posse de bola
O Flamengo voltou mais calmo e assertivo após o intervalo. As mudanças foram pontuais, mas fizeram a diferença, como destacou Filipe.
— No segundo tempo, tivemos mais calma para jogar, e isso abre margem para jogadores determinantes como Arrascaeta, Luiz e Bruno. Tivemos mais controle. Depois da entrada do Danilo, e o Varela no meio, a posse do time melhorou.
União e humildade: a alma do Flamengo vencedor
No fim da entrevista, o técnico reforçou a importância da humildade coletiva para o sucesso. Filipe quer um grupo unido, sem vaidade, onde todos entendam que a equipe está acima de tudo.
— Esses são os jogadores que eu quero no elenco, que são diferenciais e potencializam o time.