
O Flamengo monitora atentamente o futuro de Lucas Paquetá e não descarta um movimento ousado para repatriar o meia em 2025. A possibilidade, no entanto, depende de fatores extracampo: o jogador, que atua pelo West Ham, está envolvido em um processo judicial na Europa e aguarda desfecho que pode impactar drasticamente sua carreira.
Segundo apuração do Coluna do Fla, o Rubro-Negro vê Paquetá como um nome ideal para reforçar o setor de criação, especialmente com foco no Super Mundial de Clubes, que será disputado em junho do próximo ano, nos Estados Unidos.
West Ham define preço e admite vender
Com o fim da temporada europeia se aproximando, o West Ham pretende reformular o elenco e já incluiu Paquetá na lista de jogadores negociáveis. O clube inglês está disposto a liberar o brasileiro por 35 milhões de euros — cerca de R$ 227,8 milhões — um valor bem abaixo do que vinha sendo praticado anteriormente.
O Flamengo chegou a tentar uma alternativa mais viável: propôs um empréstimo, que foi recusado imediatamente pela diretoria inglesa. A liberação definitiva só acontecerá mediante compra, o que torna qualquer negociação extremamente delicada dentro dos padrões do mercado sul-americano.
Investigação por apostas trava mercado
A situação de Paquetá ainda esbarra em uma questão grave: o jogador é investigado por suposta manipulação de resultados envolvendo apostas esportivas, com foco em cartões amarelos recebidos de forma proposital. O caso está sendo conduzido por autoridades da Inglaterra, e o julgamento deve ser concluído apenas após o fim da temporada europeia.
Caso seja absolvido, Paquetá pode voltar a despertar interesse de outros grandes clubes do futebol europeu. Porém, se for considerado culpado, corre o risco de sofrer banimento do esporte, o que abriria caminho para uma volta ao Brasil — ainda que com um cenário de reputação sensível.
Substituto para Arrascaeta é prioridade
O Flamengo está em busca de um meia com características semelhantes às de Arrascaeta, tanto como alternativa imediata quanto pensando em transição futura. O uruguaio já convive com desgaste físico frequente, e o clube entende que precisa de um jogador com poder de criação e capacidade de decisão nos grandes jogos.
Nesse contexto, outros nomes chegaram a ser avaliados, como o do português João Félix, mas os salários na casa de milhões de euros afastaram qualquer chance real. Paquetá, por sua vez, tem identificação com o Flamengo, vontade de voltar e, em caso de liberação judicial, pode priorizar um retorno ao clube onde surgiu.
CBF também observa cenário de longe
Além do Flamengo, a Confederação Brasileira de Futebol acompanha o caso com cautela. Paquetá faz parte da geração considerada “convocável” e, em condições normais, estaria na disputa por uma vaga na Copa do Mundo de 2026. No entanto, a indefinição atual faz com que ele esteja afastado das listas de Dorival Júnior até que sua situação seja resolvida.
Internamente, o Flamengo mantém contato com o estafe do jogador e não descarta agir rapidamente caso haja uma resolução favorável. A prioridade da diretoria é montar um elenco com qualidade suficiente para competir em alto nível no Super Mundial — e Paquetá, livre, seria uma aposta com alto risco, mas também altíssimo retorno técnico e de imagem.