
A diretoria do Flamengo já definiu suas prioridades para a janela do meio do ano: dois pontas e um meia com poder de decisão. A avaliação é clara dentro do departamento de futebol: o atual elenco tem qualidade, mas carece de jogadores decisivos nos jogos mais travados.
A vitória por 1 a 0 sobre o Deportivo Táchira, no Maracanã, escancarou a dificuldade rubro-negra para furar defesas fechadas. O problema, aliás, vem se repetindo. E o que mais preocupa é que os principais lances de perigo têm saído de bolas paradas, e não da criatividade ofensiva.
Falta poder de decisão no ataque do Flamengo
Se em 2019 o clube contava com Bruno Henrique, Gabigol e Arrascaeta em sua melhor forma, hoje a realidade é diferente. O camisa 27 não vive o mesmo auge, o uruguaio sente os efeitos da sequência de lesões e Pedro ainda busca ritmo após longo período de inatividade.
Enquanto isso, Luiz Araújo, que ficou boa parte da temporada no banco, vem sendo o principal nome do ataque. Com um gol e duas assistências nos dois últimos jogos da Libertadores, ele começa a se firmar.
Gerson e improvisações tiraram espaço de Luiz Araújo
Vale lembrar que Araújo só voltou ao time titular por conta das lesões de Allan, Pulgar e De La Cruz, que forçaram Gerson a deixar a ponta-direita e jogar mais centralizado. Com isso, Filipe Luís teve que reposicionar as peças e Araújo enfim ganhou nova chance — aproveitada com eficiência.
Nas vitórias contra LDU (2 a 0) e Táchira (1 a 0), os zagueiros Léo Pereira e Léo Ortiz balançaram as redes, ambos aproveitando cobranças precisas de bolas paradas de Luiz Araújo: uma em escanteio, outra em falta lateral.
Michael e Cebolinha não entregam o esperado
Os dois pontas que atuam pela esquerda, Everton Cebolinha e Michael, ainda não conseguiram repetir o desempenho de Araújo. Ambos são destros, jogam com a perna trocada, mas têm dificuldade em criar situações claras de gol, mesmo com espaço.
Por isso, a direção traçou o perfil dos reforços: jogadores que pressionem alto, saibam jogar por dentro com dribles curtos, quebrem linhas defensivas e tenham facilidade em criar espaços — mesmo sem grandes arrancadas.
Missão para José Boto será mais desafiadora
Agora com orçamento maior, o diretor José Boto terá a primeira grande oportunidade de mostrar resultado à frente do futebol rubro-negro. Se na última janela só teve verba para contratar Juninho, desta vez a missão exige mais: encontrar três nomes prontos para resolver.
A Nação espera. E a comissão técnica também.