
A possibilidade de o Flamengo investir para repatriar Lucas Paquetá causou reação imediata nas redes sociais. Em sua conta no X (antigo Twitter), a jornalista Raisa Simplicio se posicionou de forma contrária à movimentação, levantando questionamentos técnicos, financeiros e emocionais sobre o atual momento do jogador do West Ham.
O meia, formado no Ninho do Urubu, está sob investigação por suposta participação em manipulação de apostas esportivas. A suspeita gira em torno de cartões recebidos de forma proposital. Se for comprovada a irregularidade, Paquetá pode ser banido do futebol, o que coloca em xeque qualquer investimento de alto risco nesse momento.
“Parte mental de Paquetá está abalada”, diz Raisa
Para Raisa, além do risco jurídico, o aspecto emocional pesa na análise. Segundo ela, o jogador atravessa um momento conturbado, com o “futuro totalmente incerto” na carreira.
“Além disso, é visível que a parte mental do Paquetá, que tem futuro totalmente incerto na carreira, está abalado”, escreveu a jornalista.
A preocupação se soma ao contexto delicado do atleta. Mesmo sendo titular do West Ham e convocado com frequência para a Seleção Brasileira, Paquetá carrega nas costas a investigação que já afastou patrocinadores e gerou instabilidade no clube inglês.
Flamengo vendeu Paquetá por € 35 milhões
Outro ponto levantado por Raisa envolve o aspecto financeiro da possível negociação. O Flamengo vendeu Paquetá ao Milan, em 2018, por 35 milhões de euros. O clube ficou com aproximadamente 24 milhões líquidos, após deduções e porcentagens.
Diante disso, a jornalista questiona a lógica de uma recompra na casa dos 25 a 30 milhões de euros, considerando que o jogador está mais velho e atravessa uma crise fora dos gramados.
“O Flamengo vendeu Lucas Paquetá por 35 milhões de euros, ficou com cerca de 24 milhões de euros. Não faz sentido comprar o atleta hoje, mais velho, por 25 ou 30 milhões de euros. Com esse dinheiro, o Flamengo de José Boto deve fazer outros tipos de investimentos”, afirmou.
Paquetá segue em pauta, mas caso gera divisão
Mesmo com o cenário complicado, Lucas Paquetá continua sendo um nome bem-visto por parte da torcida e de setores internos do clube, pelo que representa tecnicamente e pelo vínculo emocional com o Flamengo. No entanto, a possibilidade de repatriar o jogador nesse momento divide opiniões.
Com o clube em fase de reformulação sob o comando de José Boto no departamento de futebol, a tendência é que qualquer investimento pesado passe por crivo técnico, financeiro e jurídico rigoroso. E, pelo menos por enquanto, a situação de Paquetá inspira cautela.