
A CBF, sob nova presidência de Samir Xaud, pode implementar mudanças históricas nas divisões do futebol brasileiro. Entre elas, a criação de uma Série E já está em pauta.
A proposta ganhou força nos bastidores com o apoio do presidente do ASA de Arapiraca, Rogério Siqueira, que propõe a redução da atual Série D de 64 para 20 clubes. Com isso, a nova divisão nacional herdaria os 44 clubes excedentes, ampliando o número de participantes em campeonatos brasileiros e reorganizando o calendário.
Nova gestão vê ambiente favorável para mudança
Segundo o jornal Diário Online, a ideia já circulava desde o ano passado, mas foi rejeitada pelo ex-presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, por motivos financeiros. No entanto, Samir Xaud teria se mostrado mais aberto e considera o momento ideal para avançar com o projeto.
“Temas relevantes como a possível criação da Série E do Campeonato Brasileiro, que já vêm sendo debatida desde o ano passado com a equipe de competições da CBF, encontram agora um ambiente institucional mais favorável para evoluir”, declarou o dirigente, em nota.
Clubes pedem mais voz nas decisões
Além da reformulação, o foco da nova presidência é tornar a gestão da CBF mais participativa. A promessa é dar mais voz aos clubes nos processos de decisão, principalmente os que disputam divisões de acesso e enfrentam desafios financeiros e estruturais.
— Ele demonstra sensibilidade às causas estruturais do futebol brasileiro e disposição real para construir uma gestão descentralizada, que valorize a participação ativa dos clubes em decisões estratégicas — afirmou Siqueira.
Histórico e estrutura atual das divisões
Vale lembrar que até 2009 o Brasil contava apenas com Séries A, B e C. A Série D foi criada naquele ano para atender clubes sem calendário nacional, abrindo espaço para times classificados via estaduais. O torneio é disputado em formato regional no início, justamente para reduzir custos de deslocamento.
A possível chegada de uma quinta divisão nacional tornaria o Brasil um dos poucos países do mundo com cinco níveis federais oficiais no futebol profissional, reforçando a base do esporte, mas exigindo maior estrutura organizacional e recursos.