
O Flamengo contratou Rodrigo Caio para integrar a comissão técnica permanente do clube. Embora vá atuar ao lado de Filipe Luís, o ex-zagueiro não faz parte apenas da equipe atual: ele será funcionário fixo do departamento de futebol e continuará no cargo mesmo se houver troca de treinador. O salário acordado é de R$ 200 mil mensais.
Função estratégica: vivência no campo e apoio técnico
A decisão de contratar Rodrigo Caio partiu diretamente do diretor José Boto, que analisou o perfil de quatro ex-jogadores antes de bater o martelo. O Flamengo queria alguém com experiência prática de campo, capaz de ajudar o treinador a tomar decisões com mais sensibilidade ao vestiário.
Rodrigo Caio não chega para cuidar de bolas paradas, nem de um setor específico. Sua função será colaborativa, pensando o time ao lado de Filipe e oferecendo uma leitura técnica com o olhar de quem viveu o campo recentemente. Na prática, será um parceiro de ideias, um conselheiro tático e humano.
Rodrigo Caio será um diferencial na comissão
A comissão de Filipe Luís não contava até agora com esse perfil. Profissionais como Daniel Alegria, desligado nesta semana, tinham uma formação mais acadêmica e menos ligação direta com o campo. Rodrigo Caio preenche essa lacuna e traz uma nova camada à leitura técnica da equipe.
Sua presença também pode ajudar a suavizar pressões internas. Filipe, estreante como treinador, ganha alguém com autoridade natural junto ao elenco, respeitado pela trajetória no clube e por ter compartilhado grandes títulos com parte do grupo atual.
Experiência no Fla pesou na escolha
Rodrigo Caio defendeu o Flamengo entre 2019 e 2023 e fez parte de uma geração histórica, que conquistou duas Libertadores, dois Brasileiros, uma Copa do Brasil, além de Supercopa, Recopa e Cariocas. Foi capitão em diversos momentos e, mesmo quando não jogava por lesões, sempre manteve influência no ambiente.
A passagem recente pelo Grêmio, em 2024, foi breve — apenas cinco partidas — e marcou a transição para uma nova fase da carreira. Desde o fim do ano passado, Rodrigo já vinha estudando alternativas no futebol. Fez cursos na CBF Academy e se preparou para assumir funções extracampo.
Perfil discreto e respeitado internamente
No vestiário, Rodrigo Caio sempre foi um dos jogadores mais respeitados pelo elenco, comissão e diretoria. Sua postura reservada, profissionalismo e capacidade de leitura emocional dos grupos fizeram dele uma figura vista com bons olhos para esse novo papel.
Ele deve atuar como ponte entre jogadores e treinador, mas também terá peso nas análises técnicas e sugestões táticas. Não entra como “figurante”, mas como peça de confiança da direção e figura pensante na rotina do futebol do clube.