
O Flamengo vive um impasse nos bastidores com sua principal patrocinadora: a Pixbet. Parceira máster do clube desde 2023, a empresa tem acumulado atrasos recorrentes nos pagamentos, o que abriu espaço para o assédio de outras casas de apostas interessadas no espaço publicitário mais valioso do futebol brasileiro.
Atrasos preocupam a diretoria rubro-negra
Os primeiros atrasos começaram ainda no fim de 2024, mas se tornaram mais frequentes em 2025, em meio a mudanças na regulação do setor de apostas. Apesar dos atrasos, a Pixbet tem quitado os compromissos eventualmente, evitando sanções contratuais. No entanto, o Flamengo segue cobrando pontualmente a empresa para que honre os pagamentos nos prazos estipulados.
O contrato com a Pixbet prevê quatro pagamentos trimestrais, cada um próximo de R$ 30 milhões, totalizando cerca de R$ 110 milhões por ano. O vínculo atual vai até 2027.
Assédio de concorrentes cresce
A situação despertou o interesse de concorrentes. Segundo apuração, Betano e Sportingbet estão entre as casas de apostas que já sondaram o Flamengo, buscando entender se haverá uma oportunidade de ocupar o espaço da Pixbet em caso de rompimento.
Apesar do cenário, o clube tem mantido postura institucional, reafirmando o contrato vigente com a Pixbet. Nos bastidores, porém, a diretoria exige mais rigor. Desde que assumiu a presidência, Luiz Eduardo Baptista (Bap) determinou cobranças imediatas a qualquer parceiro inadimplente, seja em patrocínio ou fornecimento de serviços.
Momento financeiro é mais confortável, mas exigente
No início de 2025, o Flamengo enfrentava um cenário de caixa mais apertado. Agora, após o recebimento da premiação pela participação no Mundial de Clubes, o clube acumula cerca de R$ 110 milhões em caixa — o equivalente a pouco mais de um mês de despesas operacionais. Mesmo com essa folga temporária, a diretoria não abre mão da pontualidade nos pagamentos por parte dos patrocinadores.
Mercado de apostas vive nova fase
A instabilidade com a Pixbet reflete o cenário de consolidação e competição acirrada entre as empresas do setor. Com a regulamentação oficial em andamento no Brasil, casas estrangeiras com maior poder financeiro tentam ganhar espaço, pressionando players menores e apostando alto em acordos publicitários com clubes de massa, como o Flamengo.