
O Flamengo vive um momento de protagonismo internacional, mas, apesar do prestígio em torno do novo Mundial de Clubes da FIFA, o clube não perdeu o foco: os principais objetivos da temporada continuam sendo o Brasileirão e a Libertadores. A afirmação foi feita pelo presidente rubro-negro, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, em entrevista à Forbes.
Mundial é importante, mas não altera o foco do clube
O Super Mundial da FIFA terá 32 clubes e será disputado em junho e julho, nos Estados Unidos. A competição representa uma oportunidade inédita de visibilidade global e premiação milionária, mas, para o Flamengo, o planejamento não muda. Segundo Bap, o título mundial seria consequência, não prioridade.
“A prioridade é o Brasileirão e a Libertadores, mas não vejo como o Mundial poderia competir com esses torneios”, cravou o dirigente, ao explicar a linha de pensamento da diretoria rubro-negra para a temporada.
Maratona de jogos obriga o clube a definir prioridades
Com a nova estrutura do calendário e o acúmulo de competições, o Flamengo pode ultrapassar a marca de 80 jogos em 2025. Além das disputas nacionais e continentais, o Rubro-Negro ainda participou do Campeonato Carioca no primeiro semestre e disputará até sete jogos no Mundial.
“O Flamengo pode jogar 81 partidas neste ano. É muita coisa. Você precisa ter um elenco maior, cuidados médicos diferentes, uma preparação específica, e por aí vai”, detalhou Bap.
Estreia do Flamengo no Mundial será contra o Chelsea
No Grupo D do Mundial, o Rubro-Negro enfrentará o Chelsea, Esperance de Tunis e Los Angeles FC. A estreia será contra os ingleses, que arrecadaram US$ 633 milhões na última temporada — valor que supera com folga a receita do clube brasileiro, estimada em US$ 173 milhões (R$ 1 bilhão).
Ainda assim, Bap garante que o Flamengo entra forte. “Estamos animados. Vai ser difícil, mas estou confiante. Em toda competição que o Flamengo entra, esperamos vencer. Então, esperamos alcançar a final e nos tornarmos campeões”, disse.
CBF promete reduzir jogos, mas cenário segue difícil
Enquanto o novo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, promete enxugar os estaduais, a realidade segue pesada para os clubes brasileiros. A sobrecarga de partidas compromete o desempenho técnico e exige decisões estratégicas ao longo da temporada.
O Mundial será, sim, uma oportunidade de ampliar a marca Flamengo globalmente, mas os objetivos reais seguem bem claros: vencer os dois principais campeonatos do continente e manter a hegemonia dentro do Brasil.