
O colunista Renato Maurício Prado levantou uma reflexão que vem inquietando a Flamengo: qual versão do time vai à Copa do Mundo de Clubes? A que lidera o Brasileirão com sobras ou a que sofreu para avançar na Libertadores?
“Atualmente, temos dois Flamengos em ação: o do Brasileirão, que está dominando a competição, e o da Libertadores, que teve dificuldades para se classificar em um grupo bem fraco”, escreveu o jornalista em sua coluna no UOL.
Enquanto o Rubro-Negro empilha vitórias no Campeonato Brasileiro com autoridade, o desempenho no torneio continental ficou bem abaixo da expectativa. A discrepância é tão evidente que, para o colunista, as atuações parecem de equipes diferentes.
Superioridade no Brasileirão e apatia na Libertadores
Renato comparou os dois desempenhos recentes para mostrar a disparidade de rendimento entre as competições. “Na impressionante vitória sobre o Fortaleza, a torcida fez uma despedida emocionante, lotando o Maracanã mais uma vez, enquanto o Flamengo balançou as redes cinco vezes; nos seis jogos da fase de grupos da principal competição do continente, foram apenas seis gols!”
Portanto, a crítica vai além dos números. Ela toca no aspecto emocional e de entrega. No Campeonato Brasileiro, o time lidera com o melhor ataque, a melhor defesa e um saldo de impressionantes 20 gols. Já na Libertadores, venceu o Deportivo Táchira por um modesto 1 a 0, time que terminou a fase de grupos sem conquistar um ponto sequer.
Incertezas para o Mundial de Clubes
Com a vaga garantida para o Super Mundial de Clubes, que será disputado nos Estados Unidos, o Rubro-Negro começa a ser observado com lupa. Para Renato, o desempenho inconsistente precisa ser corrigido urgentemente.
“A grande questão que fica é: qual deles vai jogar na Copa do Mundo dos Clubes, um torneio que promete ser um dos mais desafiadores, com a presença de alguns dos clubes mais fortes da Europa? Essa é a dúvida que não sai da cabeça de ninguém.”
A análise alerta que, caso a equipe repita as atuações da Libertadores, poderá sofrer contra adversários de maior peso no torneio da FIFA. Por outro lado, se mantiver o ritmo do Brasileirão, entra como um dos favoritos.
Comparações diretas com rivais e advertência à torcida
Renato ainda ironizou quem acha o Táchira mais forte que times do Z-4 do Brasileirão. “Alguém acha o fraquíssimo Deportivo Táchira, que nem sequer pontuou, mais forte que o Fortaleza, apesar da entrada desse no Z-4? Pois é.”
A crítica também serve como um recado claro para a torcida: empolgação é bem-vinda, mas é preciso manter os pés no chão.
“Independentemente do desempenho do time de Filipe Luís nos EUA, é importante que o rubro-negro mantenha os pés no chão.”
Renato Maurício Prado terminou sua análise com um alerta sincero. O elenco é forte, a torcida é apaixonada e o clube vive boa fase, mas os desafios do Mundial serão duros — e exigem mais do que o que se viu na fase de grupos da Libertadores.