
O atacante Flamengo, Bruno Henrique, entrou na mira do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Uma apuração preliminar foi aberta para investigar uma suposta participação do jogador em um esquema de apostas ilegais envolvendo corridas de cavalo, segundo informações reveladas nesta quarta-feira (11).
GAECO aciona PF para aprofundar investigações
O caso está nas mãos do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), que solicitou à Polícia Federal um levantamento detalhado para decidir se há base suficiente para a abertura de um inquérito formal contra o camisa 27 do Flamengo. O objetivo da ação é reunir mais dados sobre a possível prática de crimes como estelionato e fraude contra casas de apostas online.
Conversa comprometedora com irmão levantou suspeitas
As suspeitas contra Bruno Henrique surgiram após a Polícia Federal obter acesso a conversas de outubro de 2023 entre o jogador e seu irmão, Wander. No diálogo, o atacante menciona o envio de um Pix com o valor de “10 conto”, ao que Wander responde que ajudará, mas o jogador demonstra preocupação:
“Você não pode ser, temos nomes iguais”, escreveu Bruno, preocupado com a ligação entre os dois.
Na sequência, o jogador diz claramente: “Vai, negócio de aposta aqui”. Logo depois, em nova mensagem, completa: “Parada de cavalo” — o que foi interpretado pelos investigadores como referência direta às corridas.
Denúncia é formalizada; caso está na 7ª Vara Criminal de Brasília
Mesmo sem inquérito policial aberto neste momento, o Ministério Público já formalizou uma denúncia à Justiça do Distrito Federal. O caso está sob análise da 7ª Vara Criminal de Brasília. A defesa do atleta, procurada pelo g1, afirmou que “no momento, não vai se manifestar”.
Enquanto isso, o MP reforça que o conteúdo das mensagens “entremostra contornos delitivos” e que, por isso, foi necessário dar início às diligências preliminares, com o objetivo de avaliar se há elementos suficientes para instaurar um inquérito formal.
Entenda o papel do Ministério Público e da PF no caso
O indiciamento, segundo os procedimentos da Polícia Federal, indica que os agentes encontraram elementos que apontam para a prática de crimes. Agora, a decisão está nas mãos do MP: se os promotores entenderem que a denúncia faz sentido, podem avançar com o processo judicial contra o jogador e outros envolvidos.
O texto do órgão ministerial deixou claro que o episódio merece “devido aprofundamento”, considerando as trocas de mensagens e a possibilidade de novos crimes além dos já citados.
Momento delicado fora de campo
Bruno Henrique enfrenta essa turbulência em meio a um momento crucial para o Flamengo na temporada. Embora o atacante ainda seja peça importante no elenco rubro-negro, o caso pode interferir em seu foco, em especial às vésperas das decisões nacionais e da disputa internacional nos Estados Unidos.
A Nação aguarda os próximos passos do caso com atenção, enquanto a diretoria acompanha o desenrolar das investigações sem se pronunciar oficialmente até o momento.