
A participação do Flamengo no Super Mundial de Clubes deste ano traz não apenas visibilidade global ao clube, mas também aumenta a carga de jogos em uma temporada já desgastante. Com disputas simultâneas no Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores, além do Estadual no primeiro semestre, o Rubro-Negro pode chegar a impressionantes 81 partidas em 2025.
Bap reconhece sobrecarga e aponta desafios
Luiz Eduardo Baptista, o Bap, presidente do Conselho de Administração do Flamengo, explicou os impactos dessa maratona em entrevista à revista Forbes. Segundo ele, a exigência física e estrutural faz com que o clube precise se preparar com mais profundidade em todas as áreas.
“Flamengo este ano pode jogar 81 jogos. É muito. Você precisa ter um elenco maior, cuidados médicos diferentes, preparação e por aí vai. É mais complicado do que em outros países, e eu não acredito que isso seja sustentável.”
O dirigente enfatizou que, em comparação com clubes europeus, que jogam menos partidas por temporada, os brasileiros enfrentam um cenário muito mais desafiador, especialmente com torneios internacionais incluídos na agenda.
Calendário nacional deve ser revisto
A Federação Brasileira de Futebol já admite a necessidade de mudanças. O novo presidente da CBF, Samir Xaud, prometeu reduzir o número de datas nos campeonatos estaduais, o que pode ajudar a aliviar o calendário das principais equipes do país.
Essa revisão, no entanto, ainda não resolve o curto prazo. Com o Mundial sendo tratado como uma grande vitrine para o Flamengo no cenário internacional, a diretoria precisa conciliar o objetivo esportivo com a preservação física dos atletas.
Time de estrelas exige profundidade
Mesmo com um dos elencos mais fortes do continente, a comissão técnica sabe que lesões e desgaste são inevitáveis em uma maratona tão extensa. A necessidade de rodar o elenco, utilizar jovens da base e contar com reforços pontuais se torna estratégica.
Além de Jorginho, recém-chegado do Arsenal, o clube ainda busca dois pontas e um meia ofensivo para dar mais opções a Filipe Luís. A diretoria evita confirmar nomes para não atrapalhar as negociações, mas o movimento no mercado está em andamento.
Rubro-Negro quer competir com igualdade
Para um torneio como o Super Mundial, onde o Flamengo pode enfrentar adversários como Chelsea, Esperance de Tunis e Los Angeles FC já na fase de grupos, ter fôlego e banco de qualidade é determinante.
“A prioridade é o Brasileirão e a Libertadores”, afirmou Bap. Ainda assim, ele reconhece que, para manter o alto desempenho em todos os torneios, o clube precisa pensar como os gigantes europeus e se estruturar melhor.
Conclusão: planejamento e profundidade são chave
Com tantas frentes abertas, o Flamengo segue mirando alto. Mas, como Bap deixa claro, é preciso mais do que talento para vencer. É preciso estrutura, elenco e gestão. E nesse ponto, o clube trabalha nos bastidores para garantir que o sonho mundialista não prejudique os objetivos domésticos.