
O tão sonhado estádio próprio do Flamengo sofreu um duro golpe. A construção na área do antigo Gasômetro, na Zona Portuária do Rio, terá que esperar pelo menos mais dois anos. O motivo? A necessidade de descontaminar o terreno antes de qualquer obra.
Essa informação foi detalhada pelo arquiteto Fabrício Chicca, do canal “Mundo na Bola”, em uma análise que trouxe um alerta importante para o torcedor rubro-negro: enquanto durar a descontaminação, nada poderá ser construído na área.
Terreno já era conhecido por risco de contaminação
O atraso não chega a ser totalmente surpreendente para quem acompanha o assunto de perto. Chicca relembrou que a contaminação já constava em relatórios públicos, mas que a antiga gestão, comandada por Rodolfo Landim, não deu a devida atenção ao problema.
“A gestão anterior não levou a contaminação a sério, mesmo com informações públicas já apontando um risco maior do que o que foi divulgado na época”, disse o arquiteto em um vídeo que foi postado no YouTube.
A administração anterior havia traçado como meta a conclusão do estádio em 2029. No entanto, com o novo cenário, essa previsão está seriamente comprometida.
Especialista vê chance de planejamento mais sólido
Apesar da frustração com o adiamento, Fabrício Chicca também destacou um ponto positivo nesse intervalo de dois anos. Para ele, esse tempo extra pode ser precioso para o Flamengo pensar com mais calma em todos os detalhes do projeto.
“O Flamengo agora terá mais tempo para melhorar o projeto, realizar concursos de arquitetura e concorrências de construção, o que pode ajudar a reduzir o custo final da obra”, analisou.
Objetivo segue: criar o maior caldeirão do mundo
Com a torcida impaciente por novidades e o desejo de ter uma casa própria cada vez mais forte, o clube agora precisa lidar com esse contratempo de forma estratégica. O tempo adicional pode servir para refinar o conceito do estádio, como reforça o arquiteto, tornando o sonho da Nação ainda mais imponente:
“O objetivo é transformar o estádio no maior caldeirão do mundo”, destacou.
Enquanto isso, o Rubro-Negro seguirá atuando no Maracanã — estádio que continua sendo motivo de disputa jurídica com o Vasco e de debates sobre a administração conjunta com o Fluminense.